Este é o novo álbum de estúdio de Alice in Chains, a ser lançado no dia 29 de setembro, mais de 13 anos após Tripod. Black Gives Way To Blue é uma grata surpresa, uma âncora segura para um barco que, há anos, estava à deriva.
As comparações são e sempre serão inveitáveis. Mas William DuVall, que entrou na banda em 2006, sabe disso. Nesse período, novos shows e preparação para o novo desafio. Expectativas superadas. Layne Staley sempre será Layne Staley. Mas ele morreu e o Alice in Chains, ao contrário do que muitos imaginaram, e até desejaram, não.
Alice in Chains tem algo que poucas bandas conseguiram: identidade. Já nos primeiros acordes de A Looking In View (que já tem vídeo oficial) ou Check My Brain, uma certeza é universal: isso é Alice in Chains.
Com a guitarra forte e imponente, Jerry Cantrell nos presenteia o clima melancólico e sombrio que só Alice in Chains poderia proporcionar. Mas, ele sozinho seria Jerry Cantrell solo. Nesse aspecto, William DuVall caiu como uma luva para a banda. Com o timbre semelhante, mas sem a rouquidão de Staley, DuVall completa o ambiente que não seria o mesmo sem essas duas vozes juntas.
Num primeiro momento, o baixo de Mike Inez não parece tão criativo quanto em Jar of Flies, mas acredito que isso muda com a audição das músicas em equipamente de maior qualidade. E Sean Kinney permanece eficiente na bateria.
Ao final do álbum, a música Black Gives Way To Blue homenageia o falecido vocalista que cantou e sofreu por 15 anos a frente do Alice in Chains. Black Gives Way To Blue, o álbum, é a nostalgia ampla, completa, que nos faz lembrar do Alice Chains com Staley, mas também nos avisa que a banda permanece viva e continua fazendo um som de muita qualidade.
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