Não acredito nem apoio a manutenção estúpida de um estilo simplesmente para vender discos. Eddie Vedder & Cia já provaram que não querem ser mainstream, por mais potencial que tenham para isso. Mas essa sonoridade crua que eles vêm trazendo nos últimos dois discos (às vezes até esqueço que existe o último - "sem nome" - e provavelmente vou me esquecer desse Backspacer) não vem agradando.
Eles nasceram com riffs interessantes e não irritantes como muitos do Hardrock, com qualidade musical destacada de todos os integrantes e, o mais importante, com uma identidade facilmente reconhecível em qualquer música nova que lançassem. Mas isso acabou ... em 1998.
Yield foi a última manifestação descente do Pearl Jam. Dali para frente, pouco é aproveitável. Não que os albuns seguintes sejam de todo ruim, mas eles contém muitas pedras no caminho, muitos ruídos que fizeram a Geléia de Pérola perder o sabor.
Ao vivo, Eddie Vedder parece ter perdido a voz. Até parece que aquela "luta contra Scott Stapp" influenciou de verdade. O Mike MaCready parece querer fazer um show à parte, quase autista. Stone Gossard parece já ter realizado todas as vontades e parece mumificado. Matt Cameron chegou por último, já até contribuiu com algumas músicas, mas não faz mais que a obrigação. Só o Jeff Ament ainda guarda um pouco da essência da banda, apesar de, no início, considerá-lo o mais esquisito.
Essa idéia fixa de não querer ser grande acabou, realmente, tornando o Pearl Jam pequeno. Não como o Peter Pan, que, mesmo com todo aquele medo de crescer, mantém o espírito jovem, mas como um Benjamin Button, que nasceu experiente e vem regredindo gradativamente.
Resultado: Backspacer nunca vai romper a barreira do som.
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